18 de novembro de 2011

Oh Cristas

Equipe da empresa inglesa trabalhando bem à vontade
(reunião de trabalho no Ministério da Agricultura;
qualquer semelhança com a realidade é pura
coincidência, se não fosse, em vez de maçãs
estavam ali uns bolinhos deliciosos)


Assunção Cristas desvalorizou hoje a subida do IVA na alimentação para bebés.

E porquê?

Porque as alturas de crise são alturas para "voltar a dar fruta em estado natural às crianças".

Esta é a senhora que descobriu que prescindir da gravata permite descer em 2º C a temperatura do ar condicionado.

Felizmente, não se lembrou na altura de prescindir das roupas para que, num estado muito natural, se poupasse ainda mais na electricidade.

Gráçás à Déus, né póvão?

12 de novembro de 2011

Sofisma

 

 
Segundo Aristóteles (sim, é também uma referência à actual situação grega), um sofisma é um argumento que não o é, embora o pareça.

Um exemplo popular é aquele que conclui que determinada pessoa é filha de um cão: tens um cão, o cão foi pai de cachorrinhos, o cão é pai, o cão é teu, logo o cão é teu pai.

Vem isto a propósito da manifestação de hoje e do pensamento sofístico de um dos seus principais promotores, Passos Coelho.

Dizia ele, antes das eleições que o guindaram ao poder que era necessário sair deste ciclo de empobrecimento da crise que nos assola.

Diz agora que só é possível ultrapassar a crise, empobrecendo.

Logo, só é possível deixar de empobrecer, empobrecendo.

Pois...

11 de novembro de 2011

O milagre das alheiras

O Inspetor das Finanças: Ó faz favor! Tu aí, onde é que julgas que vais todo lampeiro? O que levas no regaço? Serão por acaso ações de algum banco? Ou levas escondidas algumas barritas de ouro?


O honesto contribuinte: Não meu senhor, são apenas umas alheiras!

9 de novembro de 2011

Eu é mais Cozido à Portuguesa

Os portugueses são pessoas generosas. Gostam muito do seu amigo e não olham a despesas no que toca a oferecer um belo presente aos mais chegados.
Mas nem sempre os presentes mais caros são os melhores ou aqueles que maior significado têm ou representam, quer para quem oferece, quer para quem recebe.
Uma prenda singela pode selar uma amizade de infância ou o amor de uma vida. E uma boa dose de imaginação quanto baste pode ser o suficiente para agraciar alguém que nos ficará eternamente agradecido.
Até nisto os portugueses são um povo pequeno, leia-se simples e humilde e nada de confusões com tamanhos, pesos ou importância.
Sim, sejamos humildes e generosos. Uma vez que os tempos são de crise e os bolsos quase vazios não podem abarcar megalomanias, nada melhor que agraciar um velho amigo com um bom Pãozinho de Ló ou com um cestinho (acho o termo mais maneirinho do que cabaz; não se trata de uma futebolada) de robalinhos da nossa costa.



Como dizia, até nisto os portugueses são pequeninos.
Amigo, não queres um belo “coche”?
Ora essa, por quem és? Dá-me lá uma chouricinha caseira e um garrafão de tinto que já fico bem servido!
É nisto que os portugueses são também mestres e dão cartas em todo o Universo (o Mundo já é demasiado pequeno e a nossa fama já é conhecida nos seus quatro cantos).
Os “portugas” são os maiores em matéria de “cozinhados”, “salganhadas” e “trinta e uns”.
Não há Lei nem Ordem que resista.



Quanto a mim, que sou mais dado a tradicionalismos, quem me oferecer uma bela travessa de Cozido à Portuguesa pode contar comigo pró que quiser!