Escutem o enorme e ensurdecedor silêncio que vem de toda a classe política portuguesa. Deve ser do Carnaval, andam todos distraídos. Não houve uma alminha, uma sequer, que viesse comentar e refletir sobre a demissão do presidente da Alemanha. Nem tão pouco alguém tirou ilações para os semelhantes casos portugueses.
Este senhor, Christian Wulff, anunciou na passada sexta-feira a sua demissão na sequência de um escândalo de corrupção e tráfico de influências.
A declaração de demissão, feita no castelo de Bellevue em Berlim, ocorreu depois de o Ministério Público de Hannover ter pedido na quinta-feira o levantamento da imunidade de Wulff.
Note-se que o homem nem sequer está acusado de nada. Demite-se para tratar da sua defesa. Demite-se para defender as instituições que representa. Demite-se porque na Alemanha nem tudo é mau, ainda há, pelos vistos, quem tenha vergonha na cara.
E em Portugal, o que sucede em casos similares? Assobia-se para o ar e chuta-se a bola pró pinhal. Espera-se por um golo do Cristiano Ronaldo e o povão esquece.
O pior é que não esquece. Vai acumulando... acumulando... até um dia já não caber mais uma gota no copo!
Note-se que o homem nem sequer está acusado de nada. Demite-se para tratar da sua defesa. Demite-se para defender as instituições que representa. Demite-se porque na Alemanha nem tudo é mau, ainda há, pelos vistos, quem tenha vergonha na cara.
E em Portugal, o que sucede em casos similares? Assobia-se para o ar e chuta-se a bola pró pinhal. Espera-se por um golo do Cristiano Ronaldo e o povão esquece.
O pior é que não esquece. Vai acumulando... acumulando... até um dia já não caber mais uma gota no copo!
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