24 de dezembro de 2011
21 de dezembro de 2011
Seis Sexy Meses
Em finais de 2008, caiu o Carmo e a Trindade, quando a Manuela botou faladura e se perguntou, se "não seria bom haver seis meses sem democracia", para pôr "tudo na ordem".
A "velha", como simpaticamente lhe chamava a rapaziada anteriormente revoltada com as campanhas negras, perdeu as eleições legislativas e, logo após, foi substituída na liderança das suas hostes pelo Coelho, que perdeu o concurso Sexy 20 Platina, do Correio da Manhã, mas venceu no partido.
Embora tivesse perdido o concurso, o jovem láparo ganhou de novo, nas legislativas seguintes e parece determinado em resgatar a ideia da sua antecessora, em edição revista e aumentada. Entre atropelos vários, cortes ilegais de vencimentos, aumentos descarados e a eito, eliminação de feriados, aumento das horas de trabalho, alienações de património público, atribuições escandalosas de subsídios e, para fechar com chave de ouro, convites aos indígenas para que se ponham a mexer, bazem e lhe desamparem a loja, já lá vão os tais seis meses... Mas parece que estão muitos mais a caminho.
Volta Manuela, tás perdoada.
20 de dezembro de 2011
O Paraíso
Vivemos no paraíso. Nada se passa, tudo tranquilo.
O ministro Relvas teve o azar de proferir hoje mais uma ideia luminosa.
Não que não seja luminosa. O azar ressalta na rasteira que lhe pregaram.
Disse o ministro Relvas, na comissão parlamentar que está trabalhando para estilhaçar a RTP: ”a privatização de um canal público de TV vai ao encontro de um maior pluralismo”.
Mesmo que no Paraíso isto pudesse alguma vez ser verdade, o pobre homem foi logo atropelado e, para mal dos seus pecados, viu esta ideia luminosa apagar-se num instante.
Vejamos: uma par de horas decorridas após esta afirmação, a Edição da Noite da Sic Notícias chama aos holofotes dois comentadores. Os nomes não interessam. O que interessa é ter-se anunciado um DEBATE, em rodapé, durante toda a hora antecedente. Um DEBATE sobre os 6 meses de governação do atual executivo e, ainda, um DEBATE sobre os temas mais quentes do momento.
Pois muito bem.
Primeiro tema – as declarações do primeiro-ministro sobre a emigração dos professores.
Comentador 1 (opina desta forma) – “essas declarações são normais, estamos em crise, nada de estranho em aconselhar os desempregados a procurar vida melhor emigrando, portanto, não percebo tanto alarido sobre as palavras do senhor primeiro-ministro”.
Comentador 2 (opina desta forma) – “essas declarações são normais, estamos em crise, nada de estranho em aconselhar os desempregados a procurar vida melhor emigrando, portanto, não percebo tanto alarido sobre as palavras do senhor primeiro-ministro”.
Segundo tema – balanço das palavras do senhor ministro das Finanças sobre as contas públicas.
Comentador 1 (opina desta forma) – “está tudo bem, o governo não podia fazer melhor, as contas públicas estão no bom caminho e estamos a pagar anos e anos de calaceirice e de boa vida”.
Comentador 2 (opina desta forma) – “está tudo bem, o governo não podia fazer melhor, as contas públicas estão no bom caminho e estamos a pagar anos e anos de calaceirice e de boa vida”.
Eis o pluralismo que o ministro Relvas quer!
19 de dezembro de 2011
Nunca me enganaste.
Durante a década de 60 ( e 70 também), Portugal sofreu um acentuado fluxo emigratório que perdurou no nosso país. Algumas das suas causas prendem-se com o regime ditatorial implantado, a pobreza e as dificuldades de emprego na zona rural, obrigando muitos portugueses a procurar melhores condições de vida na Europa, Venezuela, África do Sul, E.U.A e no Brasil, assim como nas antigas províncias do ultramar, entre outros.
Mas... eis que durante o período do Estado Novo de Salazar, o Governo português tentava a todo custo impedir a emigração. Existia mesmo legislação segundo a qual seria aplicada pena até dois anos para quem tentasse emigrar ou quem auxiliasse a saída de emigrantes clandestinos. Mais tarde esta pena de prisão alterou-se para multa pecuniária.
Ou seja, nem Salazar defendeu o "vão lá para fora trabalhar, malandros"!
Nem o Sr. Presidente do Conselho defendeu alguma vez tais ideias aberrantes.
Em última instância, a pátria e os portugueses.
18 de dezembro de 2011
What's Up Doc?
O Governo reuniu hoje.
Tentou reflectir, talvez se tenha esforçado, não deve ter suado, dada a temperatura e o facto de não se ter usado gravata e lá definiu os quatro principais pilares das reformas estruturais a realizar em 2012, com o objectivo de combater a praga do desemprego.
Reuniram-se informalmente, ou seja, como já disse, sem gravata. O que quer dizer que no ministério de Cristas, não há nada formal posto que anda tudo sem gravata (como não é usual as senhoras usarem gravata, não faço ideia do que deixam de usar qunado pretendem ser informais).
Os quatro pilares de combate ao desemprego são: reforço da concorrência e da competitividade, articulação entre Estado e economia, valorização do capital humano e confiança.
Ora aqui está um programa de medidas concretas e palpáveis. É mais ou menos o equivalente a dizer que todos devemos ser bonzinhos, ajudar as velhinhas a atravessar a estrada e não roubar ou espancar ninguém. Fica bem. Não resolve nada, mas ninguém nos pode acusar de não querer resolver. Se as maldades persistirem, velhinhas forem rasteiradas na passadeira e transeuntes assaltados ou agredidos, a culpa não é nossa, é dos outros.
Apesar de tudo, o nosso (t'arrenego) primeiro sempre vai adiantando algumas iniciativas mais pragmáticas, por exemplo, emigrar. Afinal, é uma actividade de tradição no nosso país e sempre pode dizer que contribui para a preservação de algum património, cultural porque quanto ao material, estamos falados.
E reuniram-se a um domingo para isto...
Na próxima vez que se sintam tentados a outra do género, vão ao futebol, por muito mal que lá se portem e vociferem, sempre insultam menos pessoas.
16 de dezembro de 2011
Marimbemo-nos, pois!
Eu estou sem dinheiro.
Tu estás com fome.
Ele está-se marimbando.
Nós estamos lixados.
Vós estais-vos a rir.
Eles estão-se marimbando.
O paradigma das implosões
A demolição de todo o Bairro do Aleixo tem como principal fundamentação a aniquilação de um espaço que se diz ser um hipermercado de comércio de droga. Isto é, fazer desaparecer um local de maus vícios que comprovadamente causa enormes danos à sociedade.
Implode-me, please! |
Muito bem. Atendendo a este novo paradigma, e acreditando que por trás disto tudo não há mais nenhuma negociata imobiliária, vamos em breve assistir à demolição de vários condomínios de luxo. Sim, uma vez que também nesses espaços se exercem atividades perfeitamente ilícitas, muitas delas provocando danos à sociedade que levam décadas a reparar e que todos nós andamos a pagar. Tráfico de influências, negociatas de parcerias público-privadas com fim único de lesar o estado, etc. Crimes deste calibre que claramente ajudaram o país a entrar no buraco onde se encontra são praticados onde? Em locais tipo Bairro do Aleixo?
Esperemos pois pela implosão de alguns resorts de luxo e condomínios privados onde os crimes de colarinho branco reinam!
15 de dezembro de 2011
O cérebro dos políticos
Quero poupar...mas o meu cérebro não deixa
Está tudo explicado.
Cientistas avançam com o modo de funcionamento do cérebro da classe política.
Conseguir ou não poupar está diretamente relacionado com a atividade cerebral e há algumas pessoas que têm uma vulnerabilidade biológica que faz com que não sintam uma espécie de ‘peso na consciência’ por tomarem decisões arriscadas, como comprar coisas que estão acima das suas possibilidades financeiras.
Deve ser este o modo de funcionamento do cérebro dos nossos políticos nas últimas décadas!
14 de dezembro de 2011
7 de dezembro de 2011
Não deixaram passar os Noddys
A transferência do fundo de pensões da banca para a esfera do Estado tem agora uma explicação verdadeiramente plausível, diria mesmo aceitável e compreensível atendendo aos momentos de crise que se vivem.
Uma comitiva de altos quadros que se dirigiam para um evento foi estupidamente perturbada por uma bando de inergúmenos cidadãos que se manifestava, em marcha lenta, contra as novas portagens das Scuts.
Sim, esses pacóvios que pagam os impostos e nunca conseguem fugir ao fisco; esses saloios que queriam mais uns trocados para gastar no Natal; essa matilha que já pagou mais de duas dezenas de Scuts, interroperam os estadistas que circulavam nas suas trotinetes solidárias - afinal os bons exemplos têm que vir de cima. As fotos do acontecimento são bem ilucidativas.
E agora onde é que os senhores governantes vão buscar "bago" para pagar esta despesa toda?
Fundo de pensões da banca! Ora como é que ninguém ainda se tinha lembrado disso?!
5 de dezembro de 2011
Ignoramus Et Ignorabimus
O Álvaro
Que não é Cunhal...
Nem comunista...
Julga que é ministro...
Mas...
Não percebe nada disto.
A ignorância, para não lhe chamar outra coisa, que muito provavelmente é, do Álvaro é assustadoramente confrangedora.
É colega daquele que andava de Mota e se passeia agora num Audi A7 de 86000 €. E se diz ministro da Solidariedade.
É colega daquele ministro e daquele secretário de Estado que recebiam um subsídio de alojamento de cerca de 1150 € por mês, apesar de terem casa em Lisboa.
É colega daquela luminária que acha que em Portugal o salário mínimo até nem é realmente baixo.
Porreiro pá
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